12/07/2011

Revolução sandinista

Museu da Revolução (FSLN) -  Leon,  Nicaragua


Leon foi a base de resistência à ditadura na Nicarágua.
Não é de espantar, então, que a fachada do atual museu da revolução, no centro da cidade, esteja até hoje cravada de balas.
Estamos falando de 65 mil mortos, numa guerra civil que não terminou com o fim do governo militar.
Segundo dados do vitimário "De re Militari", foram 35 mil mortos entre 1972 e 1979 – ano em que a Frente Sandinista de Liberação Nacional (FSLN) ocupou o palácio presidencial e depôs Anastasio Somoza Debayle, terceiro num clã familiar de ditadores que ocupou o poder por 45 anos.
Daí até 1991, foram mais 30 mil mortos durante o período da chamada contra-revolução. À época, a administração do então presidente americano Ronald Reagan não tolerou o alinhamento dos sandinistas à Cuba, e financiou e armou os batizados Contras com vistas a derrubar o governo liderado por Daniel Ortega, - atual presidente do país.
Dos 65 mil mortos, 35 mil eram civis e 30 mil combatentes.
E nunca é demais dar ao conflito a proporção que de fato teve, levando em conta uma população total de 5,7 milhões de habitantes.
Afinal, é mais de uma morte para cada grupo de 100 pessoas.
E se a mesma proporção valesse para o combate à ditadura no Brasil, estaríamos falando em mais de 1,5 milhão de conterrâneos mortos.
Abaixo algumas fotos do conflito na Nicarágua, expostas no museu da FSLN em Leon.













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