Petronila, em sua tienda, veste o Güipil de sua terra natal |
Hoje troquei uma idéia com dona Petronila, cuja especialidade, há mais de 30 anos, é comprar e revender a maior variedade possível de Güipiles: nome dado à mais tradicional roupa utilizada pelas mulheres indígenas da Guatemala.
E está longe de ser coisa só para turista, ela logo me avisa.
De longe, é possível saber pelos Güipiles de onde é a mulher, a comunidade a que pertence a tecelã e mesmo a ocasião para a qual a pessoa se vestiu.
Afinal, ela me conta que cada um dos 125 pueblos da Guatemala tem seu próprio traçado, novamente desdobrado em outra variedade de linhas e cores a depender da ocasião, - já que as peças variam se cotidianas, matrimoniais, cerimoniais ou de luto.
E como os indígenas e seus descendentes ainda perfazem 40,6% da população, você tem aí uma pequena ideia da quantidade de Güipiles que vai ver pelas ruas se pintar por aqui.
Na tenda de dona Petronila, os preços variam de 250 a 6 mil quetzales – ou algo entre R$ 40 e R$ 1.300.
Cada peça leva de duas semanas a três meses para ficar pronta, e geralmente é feita a partir de um pequeno tear ancorado no colo de cada artesã. São usados materiais como o cânhamo e o algodão, conhecidos desde a época dos Maias; a lã e a seda, introduzidas pelos colonizadores; e fibras sintéticas como a sedalina, trazidas mais recentemente pelos globalizadores.
Afora isso, cada Güipil conta sua própria história. São sóis e luas, animais e flores, gentes e céus costurados à mão para representar momentos vitais e sagrados.
Aos 53 anos, a comerciante de Santa Maria de Jesus garante ter pelo menos uma peça de cada pueblo guatemalteco. E bate no peito, cheia de orgulho, para dizer que é a única fornecedora de sua terra natal para o museu Ixchel del Traje Indigena – situado na capital.
Afora isso, cada Güipil conta sua própria história. São sóis e luas, animais e flores, gentes e céus costurados à mão para representar momentos vitais e sagrados.
Aos 53 anos, a comerciante de Santa Maria de Jesus garante ter pelo menos uma peça de cada pueblo guatemalteco. E bate no peito, cheia de orgulho, para dizer que é a única fornecedora de sua terra natal para o museu Ixchel del Traje Indigena – situado na capital.
Afinal, diz, trata-se de uma arte viva – e zelada pelo deuses.
Ou vai me dizer que você não sabia que a maia Ixchel também é a deusa da tecelagem?
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Você pode encontrar dona Petronila no Mercado de Artesanias de Antigua, ou ligar pra ela no 5059-0429.
Abaixo aproveito para colocar um pouco mais de outras coisinhas que você certamente vai encontrar entre os mercados de Antigua:
4 comentários:
Viva dona Petrolina!
linda e colorida Guatemala. boa viagem. besos
Vini, que blog mais lindo!!
Eu PRECISO ir à Guatemala, com urgência!!! rsrsrsrs
arte,cultura,cores e criatividade
simplesmente Lindo...
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