Conversávamos sobre os horrores da ditadura guatemalteca, - limpeza étnica encerrada em 1996 com mais de 150 mil indígenas mortos -, quando a ativista Cláudia Gaitan sacou o pen drive.
E nos mostrou estas fotos aí embaixo: compilação do trabalho fotográfico de Jonathan Moller em comunidades e acampamentos montados pela resistência à ditadura, bem como da exumação de cemitérios clandestinos nos anos de 2001 e 2002.
Foi uma apresentação emocionante, na qual ela sacou este poema da guatemalteca Julia Esquivel.
"Cuando se tiene que beber tanta dolor.
Cuando un rio de angustia
ahuega nuestra respiración.
Cuando se ha llorado mucho
e nuestras lagrimas brotan como rios
de nuestros ojos tristes,
solo entonces
el suspiro recondito de nuestro proximo
es nuestro proprio suspiro"
Pelo fim da anistia, na Guatemala, no Brasil e onde mais estes calhordas estejam!
4 comentários:
Importante trabalho fotográfico, hein?
Parabéns pela divulgação, Vinícius.
Boa Viagem
lembrando que "a limpeza étnica foi encerrada em 1996" apenas oficialmente. na prática, os ativistas maias continuam sendo assassinados e a violência contra as mulheres, sobretudo as indígenas, é alarmante, revoltante, assustadora.
Muito bom trabalho, Vô. Parabéns pela apuração. Tô sempre acompanhando. Abraço
super valeu pelo adendo, nanda! E lembrando que o Otto Perez Molina, ex chefe de inteligencia militar do exercito e representante dos milicos nos chamados Acuerdos de Paz de 1996, tem 42% das intencoes de voto para as eleicoes deste ano, contra 20% da segunda colocada Sandra Torres. Sinistro...
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